terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Nota pública da ABONG sobre o aumento do salário de parlamentares

O Cendhec divulga NOTA PÚBLICA da Associação Brasileira das Organizações Não-Governamentais (ABONG), sobre o recente aumento do salário para os parlamentares. Confira abaixo:

REFORMA POLÍTICA JÁ!

Nos últimos dias antes do início do recesso parlamentar, no apagar das luzes de 2010, a maioria do Congresso acaba de aprovar um novo “trem da alegria”: um aumento para os seus próprios salários e de outras autoridades, variando de 60% a 140%. Há um mês e meio, vários setores do governo e da mídia vêm repetindo incansavelmente que é preciso cortar gastos, que 2011 vai ser o ano do aperto, que o salário-mínimo não poderá ultrapassar R$ 540,00 - correspondente à inflação do ano, 5% -, que os funcionários públicos não terão aumento. E, de repente, em um dia, deputados (as) e senadores (as) aprovam este aumento para equiparar todos os seus salários ao mais alto salário do funcionalismo, o dos Ministros do STF – R$ 26 mil.

É um escândalo, para dizer o mínimo! Num país em que o salário-mínimo - embora tenha tido aumentos reais neste governo – corresponde a ¼ do que deveria ser (se a lei de criação do salário-mínimo fosse cumprida, segundo o DIEESE, o salário-mínimo deveria ser de R$ 2 mil), neste país, os parlamentares federais se atribuem um aumento salarial de 60%. Isso sem contar os inúmeros auxílios que recebem: verbas para manutenção de gabinetes, moradia, funcionários, transporte e inclusive vestuário.

De onde virão os recursos para pagar esta farra? Dos impostos pagos pelos cidadãos e cidadãs. Inclusive os (as) mais pobres, que pagam impostos sobre o consumo do mesmo modo que os mais ricos, deixando quase metade do que ganham. De sorte que os (as) pobres estão pagando pelo enriquecimento de seus (suas) representantes – enriquecimento decidido pelos (as) próprios (as) beneficiários (as)!

Não podemos admitir que esta decisão, tomada a toque de caixa, passe por cima dos interesses dos (as) eleitores (as), uma decisão antidemocrática, que desrespeita a vontade da maioria dos (as) cidadãos (ãs), senão todos (as), fique como está. Esta decisão precisa ser revertida, para resguardarmos o interesse público.

Esta decisão injusta demonstra que o Brasil precisa urgentemente passar por uma Reforma Política que, entre outras coisas, estabeleça que o reajuste salarial dos (as) parlamentares deve ser o mesmo concedido ao salário-mínimo. Isto obrigaria deputados (as) e senadores (as) a pensarem primeiro na maioria, naqueles (as) que sobrevivem com até três salários-mínimos, que são ¾ dos (as) trabalhadores (as) assalariados (as). Uma Reforma Política que reveja as relações incestuosas entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo, que acabe com as emendas dos (as) parlamentares – forma legal de “compra de votos” de deputados (as). O Executivo concede tais emendas aos (às) parlamentares que votam de acordo com os seus interesses: ou seja, decide sobre a utilização de recursos públicos (“o meu, o seu, o nosso” dinheiro) para fins particulares, para atender aos interesses privados de representantes políticos. Para transformar esses e outros aspectos do atual sistema político, a ABONG integra a Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político Brasileiro.

É apenas aparência a ideia de que o Poder em que ocorre mais corrupção é o Legislativo. O Legislativo aprovou a Lei da Ficha Limpa; quem está descumprindo esta lei são setores do Poder Judiciário, que estão “lavando” a ficha de políticos acusados de improbidade administrativa e corrupção. E quem são os corruptores de representantes do Legislativo? São empresas, sem dúvida, financiadoras de suas campanhas – os maiores financiadores, segundo tem divulgado a mídia, são bancos e empreiteiras. Mas também o próprio governo, que dispõe de inúmeros meios para conquistar os votos de parlamentares hesitantes: desde as emendas, já citadas, até a oferta de cargos, que são inúmeros, como se sabe. 

Queremos um país que seja governado pela vontade do povo – este é o sentido original de democracia. Para isso, precisamos reformar o nosso sistema político, de modo que esta vontade possa ser expressa e tenha poder de decisão. É preciso garantir o controle social da esfera política. É preciso que as instâncias de participação – conselhos, conferências – tenham poder não apenas consultivo, mas deliberativo, para que possamos caminhar em direção a uma verdadeira democracia participativa.






Mensagem de Final de Ano do Cendhec

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Debate repercute a Sentença que condenou o Brasil

Evento no Recife debate a Sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que responsabilizou o Brasil, no Caso conhecido como "Guerrilha do Araguaia".
O CEJIL, OAB/PE, OAB/RJ, GAJOP, CENDHEC, Grupo Tortura Nunca Mais de PE, APAPI e demais entidades da Rede de Direitos Humanos do Estado de Pernambuco convidam a sociedade à estar presente no Debate que se propõe a informar e repercutir a Sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), na qual responsabilizou o Brasil pelo desaparecimento e  pela violação do direito à integridade pessoal de determinados familiares de 62 pessoas ocorrido entre 1972 e 1974 na região do Araguaia, norte do país, onde militantes de esquerda realizaram um movimento contra o regime militar que governava o Brasil à época e que ficou conhecido com “Guerrilha do Araguaia”.

Na resolução a Corte concluiu ainda que dispositivos da Lei da Anistia, de agosto de 1979, são incompatíveis com a Convenção Americana sobre os Direitos Humanos. O tribunal considera que esses dispositivos “impedem a investigação e sanção de graves violações de direitos humanos', e considerou que eles 'não podem continuar representando um obstáculo para a investigação dos fatos do caso, nem para a identificação e a punição dos responsáveis”.

EVENTO: DEBATE SOBRE A SENTENÇA DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS  “CASO GUERRILHA DO ARAGUAIA"
LOCAL: Auditório da OAB/PE – Rua do Imperador Pedro II, 235 – Santo Antônio – Recife/PE
DATA: 21/12/2010 (Terça-feira)
HORÁRIO: 14h


Texto produzido pela Sinos Comunicação: Ilana Costa / Tiago Morais


terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Cendhec realiza formação com lideranças comunitárias sobre Direito à Cidade



Nesta quarta e quinta-feira (15 e 16/12), no Cecosne, o Cendhec realiza a formação para Lideranças Comunitárias sobre Direito à Cidade. Participam lideranças da ZEIS 5.1 (Mustardinha, Mangueira, Afogados, Bongí e Novo Prado); Juventude da ZEIS 5.1, além de militantes de Movimentos Populares do campo da Reforma Urbana; integrantes do Fórum de Reforma Urbana de Pernambuco e do PREZEIS.

Os objetivos desse Encontro é definir os conteúdos para a Formação 2011, a partir das expectativas/demandas das pessoas participantes, em especial conteúdos que discutam sobre gênero, raça e juventude. Além disso, vai retomar a discussão sobre a estruturação do Fórum de Desenvolvimento Local da ZEIS 5.1.

A programação do primeiro dia conta a tarde com a mesa redonda Dimensões da Constituição urbana do Recife e a Segurança Pública – pensando a população negra, mulheres e juventude, com palestras de Mércia Alves (assistente social e coordenadora do Programa Direito à Cidade do CENDHEC) e Elisabete Godinho (Advogada e Gerente de prevenção e Mediação de Conflitos da Secretaria Executiva de Justiça e Direitos Humanos do Estado de Pernambuco).

No segundo dia, serão discutidos o Fórum de Desenvolvimento Local da ZEIS 5.1 e o planejamento de atividades para o ano de 2011 na área da formação.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Cendhec acompanha lançamento da Campanha do Unicef

O Cendhec acompanhou na sexta-feira (10 de dezembro), no horário da manhã, na Ordem dos Advogados do Brasil - seccional Pernambuco (OAB-PE), o lançamento da campanha Por uma Infância e Adolescência sem Racismo. Trata-se de uma bela iniciativa do Unicef e que o Cendhec é um dos parceiros em Pernambuco. Confira abaixo fotos do lançamento da Campanha.







terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Por uma infância e adolescência sem racismo


UNICEF lança, em Pernambuco, Campanha Nacional contra o racismo. Mobilização reúne mais de 30 instituições parceiras pelo fim da desigualdade na vida de crianças e adolescentes. O Cendhec é parceiro da campanha.



O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) lançará em Pernambuco a sua Campanha Nacional “Por uma infância e adolescência sem racismo – Valorizar as diferenças na infância é cultivar igualdades". Iniciada no dia 29 de Novembro, em Brasília, a ação tem como objetivo alertar a sociedade sobre o impacto do racismo na vida de milhões de crianças e adolescentes brasileiros e promover iniciativas de redução das disparidades, aumentando a valorização da diversidade étnico-racial. 
O lançamento da campanha no estado acontecerá nesta sexta-feira (10 de Dezembro), às 10h, na sede da Ordem dos Advogados de Pernambuco (OAB/PE). A iniciativa reunirá mais de 30 instituições, cujas atividades são firmadas no combate às desigualdades raciais e sociais no estado, que discutirão ações e experiências para eliminar atitudes discriminatórias e colaborar para a afirmação das identidades das crianças e dos adolescentes indígenas, negros, ciganos, brancos e outros.
Na ocasião, farão parte da mesa o coordenador do UNICEF no estado, Salvador Soler, representantes do Ministério Público, Prefeitura do Recife, Ordem dos Advogados/PE, Governo do Estado de Pernambuco, Movimento Nacional de Direitos Humanos/PE, Articulação Negra de Pernambuco e Povo Indígena Xucuru. Cerca de 60 crianças e adolescentes também participarão do evento, tecendo seus pontos de vista sobre o racismo e as ações que podem ser realizadas para a garantia da igualdade entre todos.  Após as apresentações, a mesa será desfeita para uma coletiva de imprensa com os envolvidos na ação.
Vídeos e publicações
Para a primeira etapa da Campanha no estado, serão apresentadas também as peças institucionais. A iniciativa conta com a participação do ator e embaixador do UNICEF no Brasil, Lázaro Ramos, que gravou um filme de quatro minutos onde discute a situação das crianças negras e indígenas no Brasil. A produção tem ainda uma versão reduzida de 27 segundos, peças impressas e spots de rádio destinados gratuitamente aos canais de televisão e veículos que apoiarem a campanha. Será distribuído ainda um folheto institucional que propõe “Dez maneiras de contribuir para uma infância sem racismo”, com orientações sobre como identificar, evitar e combater atitudes e ações discriminatórias. A campanha terá duração de um ano e será acompanhada de um blog (http://www.infanciasemracismo.org.br)./
O papel da mídia pode ser marcante para o sucesso da mobilização desde a cobertura e veiculação das peças de campanha até a inserção qualificada da temática em suas pautas. Nessa perspectiva, os veículos de comunicação são convidados a se engajar como parceiros na Campanha.
A estratégia de mobilização contempla inicialmente os lançamentos estaduais das campanhas e, na sequência, um conjunto de ações articuladas ao longo do ano 2011 pelo UNICEF e parceiros. Já formalizaram parceria as seguintes instituições governamentais e não governamentais: Governo de Pernambuco/ CEPIR-PE e SEDSDH; Ministério Público; OAB; TJPE; Prefeituras de Recife (Secretaria de Saúde e de Educação), Jaboatão, Olinda e Camaragibe; Associação Quilombola de Conceição das Crioulas/Salgueiro; Quilombo Onze Negras/Cabo de Santo Agostinho; ONGs Aldeias Infantis, Associação Pé no Chão, Associação Tempo de Crescer (TCER), AUÇUBA, Casa de Passagem, CENDHEC, Centro Luiz Freire, Estação Cultura, GAJOP, Gestos - Soropositividade, Comunicação e Gênero, Grupo Indígena Xucurus/Pesqueira, Ilê Oxalá Talabi, Instituto PAPAI, Nação Xambá, Observatório Negro, SAVE THE CHILDREN, Uiala mukaji e VISÃO MUNDIAL; O Movimento Nacional de Direitos Humanos/PE; Via Design.

Texto produzido pela Assessoria de Comunicação do Unicef Recife.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Revista em quadrinhos A Árvore Sagrada


Não deixem de conferir no hotsite da Campanha pelos Bons Tratos de Crianças e Adolescentes, a revista em quadrinhos, A Árvore Sagrada, onde a personagem Florisbela Sorriso vai ao Sertão para conhecer as origens do seu povo - A Nação dos Bons Tratos.

Acessem: http://www.bonstratos.org.br/