segunda-feira, 20 de julho de 2015

Mais um julgamento referente aos adolescentes torturados e mortos no carnaval de 2006

Após nove anos do caso dos 17 adolescentes que foram obrigados a pularem no Rio Capibaribe, provocando a morte de dois por afogamento, um tenente Polícia Militar de Pernambuco, envolvido no caso, foi a júri popular nos dias 14 e 15 de julho, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano.

O acusado comandava um grupo de policiais militares no dia do acontecimento. Por esta razão, ele foi levado a julgamento por ser um dos motivadores do caso. Na ocasião, ele foi condenado a 150 anos de reclusão, mas irá recorrer em liberdade.

Esse é mais um capítulo da luta contra a violência que tem como vítimas crianças e adolescentes. Neste caso emblemático, contra àqueles que se utilizam do aparato do Estado para praticar a violência, mais especificamente adolescentes e jovens da periferia.

Imagem: Wagner Moura/DP


O caso

Foi no carnaval de 2006 que 17 adolescentes foram torturados por policiais militares do Estado de Pernambuco. Eles estavam próximo ao Cais de Santa Rita seguindo para o Marco Zero, onde assistiriam a um show. Logo após foram abordados pelos PMs, em seguida colocados nas viaturas. Os policiais seguiram com os adolescentes até a Ponte Joaquim Cardoso, lá foram torturados e obrigados a pularem no Rio Capibaribe, colocando todos em situação de risco, vindo a ocasionar o afogamento e morte de dois adolescentes que não sabiam nadar.

Durante o caso, o Centro Dom Helder Camara de Estudos e Ação Social (Cendhec) esteve atuando no processo representando as famílias das vítimas como assistente de acusação do Ministério Público de Pernambuco (MP/PE)



Nenhum comentário:

Postar um comentário